Fogo
começou por volta de 19h30, quando o prédio já estava fechado para
os visitantes Calcula-se que o acervo tenha 20 milhões de itens
O Museu Nacional, a
mais antiga instituição científica brasileira e o museu mais
antigo do país, foi destruído por um incêndio de grandes
proporções na noite deste domingo. As chamas começaram por volta
de 19h30, quando o prédio histórico, na Quinta da Boa Vista, zona
norte do Rio de Janeiro, já havia sido fechado para o público.
Segundo o Corpo de Bombeiros não há notícias de feridos. Havia
apenas quatro vigilantes no local no momento em que o fogo começou e
eles conseguiram escapar.
Imagens aéreas mostram o
edifício completamente tomado pelas chamas e a dificuldade dos
bombeiros de controlá-las. Já há setores do prédio sem qualquer
cobertura de telhado. "Não vai sobrar absolutamente nada do
Museu Nacional", afirmou o vice-diretor da instituição, Luiz
Fernando Dias Duarte, em entrevista à GloboNews.
"Os 200 anos de história do país foram queimados", disse.
Na porta do local, professores, alunos e pesquisadores choram
enquanto presenciam a destruição. (...)
Ainda em entrevista à
GloboNews, o vice-diretor do Museu Nacional qualificou o incêndio
como uma "catástrofe insuportável". "O arquivo de
200 anos virou pó", disse. "São 200 anos de memória,
ciência, cultura e educação, tudo se perdendo em fumo por falta de
suporte e consciência da classe política brasileira. Meu sentimento
é de imensa raiva por tudo o que lutamos e que foi perdido na vala
comum", ressaltou ele, que afirmou que no aniversário de 200
anos da instituição nenhum ministro de Estado aceitou participar da
comemoração. "É uma pequena mostra do descaso", disse
ele, que afirmou que a instituição estava fechando uma negociação
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), que incluía, justamente, um projeto de
prevenção de incêndios. "Veja, conseguimos isso junto a um
banco. Nunca conseguimos nada do Governo brasileiro. A universidade
federal vive à mingua", desabafou. (...)
Leia
mais em: El
Pais / Política.
Acesso
em: 3 set. 2018.







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