Tradicionalmente,
desde a redemocratização do Brasil,
o vencedor do primeiro turno é o vencedor do segundo.
Foi assim em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014.
Mas, em muitos desses casos, não é o apreço por um candidato
que fala mais alto, mas, sim, a rejeição ao outro.
o vencedor do primeiro turno é o vencedor do segundo.
Foi assim em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014.
Mas, em muitos desses casos, não é o apreço por um candidato
que fala mais alto, mas, sim, a rejeição ao outro.
É por isso que, embora destaquem que estas eleições são atípicas e que o resultado da
disputa ainda é imprevisível, cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil
dizem que o maior desafio dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL)
e Fernando Haddad (PT)
será superar a imagem negativa que os eleitores têm deles. "O segundo
turno é uma eleição em que a rejeição aos candidatos tem um papel essencial.
Quem deve ganhar é o candidato que tem a menor rejeição", disse o
cientista político Antonio Lavareda.
De acordo com a pesquisa Ibope do dia 06 de outubro, um dia
antes da votação, 43% dos eleitores disseram que não votariam de jeito algum em
Bolsonaro, enquanto 36% rejeitaram Haddad. Para o pesquisador, no entanto, isso
pode não ser empecilho para uma vitória do candidato do PSL, que liderou o
primeiro turno com 46% dos votos contra 29% do petista. "Historicamente,
no primeiro turno é possível que o candidato tenha mais votos sendo o mais
rejeitado. No segundo turno, isso é impossível", avalia. "Bolsonaro terá
que diminuir sua rejeição. Mas as urnas já indicaram que o eleitorado à direita
é nitidamente maior do que o eleitorado à esquerda." (...)
Para o sociólogo Thiago
de Aragão, especialista em análise de risco político e diretor da consultoria
Arko Advice, a escolha do eleitor será, de fato, "muito baseada no que ele
não quer". "Os eleitores, principalmente os que estão na dúvida ou
que votaram em outros candidatos no primeiro turno, se colocam numa situação de
escolher quem eles odeiam mais." O caminho do PT, diz ele, também parece
ser bem mais difícil, mesmo que Haddad tenha um índice de rejeição cerca de
sete pontos percentuais menor.
"A rejeição ao PT é em cima do passado recente (a crise que
começou no governo Dilma), então, acaba sendo mais forte do que a rejeição da
narrativa passada do Bolsonaro (sua simpatia pela ditadura)", diz Aragão.
(...)
TSE divulga resultado das eleições para
presidente (07.10.2018)
|
||
JAIR BOLSONARO
|
PSL
|
46,03%
|
FERNANDO HADDAD
|
PT
|
29,28%
|
CIRO GOMES
|
PDT
|
12,47%
|
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