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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Ex-presidente Lula depõe hoje em Curitiba

Lula é interrogado em processo da Lava Jato
sobre as reformas do sítio em Atibaia

Em audiência nesta tarde (14), às 14h, em Curitiba, o ex-presidente Lula será interrogado pela juíza federal Gabriela Hardt, substituta do Juiz Sérgio Moro em ação da Lava Jato.
Esta será a primeira vez que Lula deixará a Superintendência da Polícia Federal (PF) desde sua condenação e prisão em abril deste ano.

Lula é réu em ação penal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina de empreiteiras, como a Odebrecht e a OAS, por meio da reforma do sítio em Atibaia (SP). O montante recebido foi em torno de R$ 1,02 milhão de reais.

O ex-presidente está preso em uma sala especial na PF de Curitiba (PR). Ele cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão pela condenação no caso do triplex de Guarujá (SP).

CRÉDITO DA IMAGEM: GERO RODRIGUES/SHUTTERSTOCK

sábado, 6 de outubro de 2018

Nem belzebus, nem santos. Apenas seres humanos.

Quantas mensagens você já recebeu pelas redes sociais criticando agressivamente as pessoas que pretendem votar em determinado candidato? Quantos amigos e parentes já se indispuseram com você apenas por pretender votar em um candidato diferente dos deles?

Nas últimas eleições, e em especial na atual, parece que afloraram os instintos “mais primitivos” entre nós, brasileiros. Como foi que nos perdemos desse jeito?

Boa parte dessa agressividade nas pessoas deve-se à falta de informação a respeito dos candidatos a qualquer cargo eletivo, mesmo porque a propaganda eleitoral naturalmente só mostra o “lado positivo” que o candidato quer que a população veja. Isso é muito pouco, quase nada! Os debates mornos foram oportunidades perdidas de dizer à população o que os candidatos pretendem fazer e – o mais importante! – como pretendem fazê-lo.

Muitas pessoas nem sempre têm condições para entrar na internet ou em aplicativos disponíveis para conhecer se os candidatos são “ficha-limpa”, se estão sendo processados, sua presença nas sessões e quais os projetos apresentados, entre outros detalhes.

Enquanto nos dividimos defendendo alguns como se santos fossem ou proscrevendo outros, como aos belzebus, boa parte dos candidatos será eleita mesmo tendo sido pegos em casos de corrupção, desvio de dinheiro público, mal-feitos, independente de partido político. Esses desvios do dinheiro dos impostos que pagamos levam à falta de hospitais, remédios, saneamento básico, alimentos, educação, moradia, vida digna para todos nós. Eles, sim, mostram o que há de pior nos seres humanos!

CRÉDITO DA IMAGEM: OLLYY/ SHUTTERSTOCK

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

No próximo dia 7 teremos eleições para presidente da República Federativa do Brasil, o mais alto cargo executivo do país, entre outros cargos. A cada sabatina, discurso ou entrevista, apresentam-se candidatos se dizendo altamente preparados para fazer o país crescer.

Dadas as circunstâncias, em meio ao caos em que vivemos no cenário político nacional, temos o crescimento de alguns grupos ou movimentos sociais, que, liderados por esses candidatos, estão dispostos a tudo para assumir o poder. A cada "nova" denúncia de corrupção, prisão ou habeas corpus negado, esses grupos entoam a "uma só voz" o mantra de que precisam assumir o poder e exterminar as ameaças a seus interesses. E, para que isso ocorra, dizem ser necessário alguém disposto a dissolver toda a engrenagem das lideranças políticas do país, fazer mudanças no Ministério Público, Polícia Federal, na magistratura...

Observando o momento político que vivemos, nos vem à mente a história que dá origem ao título da postagem, a batalha política entre Cícero e Catilina!

O episódio se passa em meados dos anos 64-63 a.C. na cidade de Roma. Lúcio Sérgio Catilina, militar e senador daquela cidade, trava um grande embate com Marco Túlio Cícero em busca da mais alta posição da magistratura política da época, a de cônsul de Roma. Cícero, como fica conhecido, é um nobre, advogado, humanista e doutrinador, tem a erudição como base para ocupar o cargo, ao contrário de Catilina, que viera de uma família desprovida de riqueza.

Ao ser derrotado nas urnas, Catilina dá início a sua jornada em busca do poder – planeja com um grupo de homens seu intento e conjura contra todo o sistema para alcançar pela força o que não conquistou pela eleição.

Utilizando-se de técnicas populistas, Catilina reuniu homens que não tinham nada a perder, mas muito a ganhar caso a arremetida viesse a ser vitoriosa – sairiam de homens sem história para homens que ficariam na história. Para Catilina, sua investida contra instituições era absolutamente factível.

A história de Catilina pode ser comparada ao atual momento político do nosso país: o desejo de determinadas pessoas terem o Poder em suas mãos, que, preteridas, se utilizam de técnicas populistas a fim de subverter a situação atual e tentar com seus “guerreiros”, muitas vezes se utilizando de meias-verdades, tomar o poder, assim como o queria Catilina.

Cícero, ao saber das intenções de Catilina, o convoca à reunião do Senado em Roma, e realiza o primeiro dos seus famosos quatro discursos, batizados de Catilinárias, consagrando-se até hoje como um dos clássicos da oratória!

Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

Após o discurso, Cícero oferece a Catilina a chance para retirar-se de Roma. Ele se retira e ao longo de sua vida de ímprobo oferece resistência a sua condenação à morte. Em sua trajetória política efêmera, vai à cidade de Pistoia, onde em um campo de batalha é assassinado em 62 a.C. Seus companheiros de outrora são presos em Roma e condenados à morte.

A delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, que entre outros detalhes “estima que das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT, em pelo menos novecentas [grifos nossos] houve tradução de emendas exóticas em propina” nos fez lembrar a história de Cícero e Catilina, tão próxima ao momento que vivemos em nosso país.

Quando a cada dia tomamos conhecimento de mais detalhes da rede de corrupção que tomou conta do cenário político e da busca pelo Poder por aqueles que usurparam a confiança de um povo – mais do que isso, usurparam a confiança de toda a nação brasileira! – nos perguntamos: Até quando, vossas excelências, senhores corruptos, abusarão de nossa paciência? Por quanto tempo a vossa loucura há de zombar de nós?

CRÉDITO DA IMAGEM: NUVOLANEVICATA/SHUTTERSTOCK

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