A Rede Bandeirantes de televisão divulgou no dia de hoje
(15) o novo índice calculado sobre as pesquisas já realizadas. Uma análise
sobre o momento atual da campanha para presidente da República mostra um
movimento em direção ao “centro”. Haddad tira o vermelho e o Lula da campanha,
aproxima-se da CNBB, posiciona-se contra o aborto. Bolsonaro, por sua vez,
busca uma fala mais amena.
Nesta primeira semana pós-primeiro turno, a campanha que o
PT adota é concentrar uma fala com termos como “fascismo” e “nazismo”, que não dizem
muito ao eleitor comum, mas ao seguidor convicto do PT. Bolsonaro, por sua vez,
assume uma postura de quem está mais seguro e já mostra quais são seus três
primeiros ministros, dando aos diversos setores da economia alguma indicação de
como será seu governo.
Nestes dias que antecedem o segundo turno, as visões
diferentes de vida, de mundo, quase polarizadas, são combustível farto para que
as redes sociais se abarrotem de mensagens violentas envolvendo as eleições
para presidência. Enquanto se turbina essa polarização improdutiva, evita-se de
falar sobre os programas de governo.
Em termos estatísticos, o número de ocorrências violentas é
quase o mesmo das outras eleições, porém as redes sociais fazem com que essa
violência pareça ser maior. No Brasil, a violência, a intimidação, sempre
existiu nas eleições, principalmente nas regiões em que os “coronéis” estão
presentes.
A pulverização dos partidos no Congresso não deve causar
maiores problemas após a eleição, pois será outro momento da vida nacional, em
que se imporá a necessidade de acordos. Com a renovação de deputados federais e
senadores em 2018, o novo Congresso mostra-se muito mais à direita do que
anteriormente. Enquanto os eleitos não tomam posse, a agenda para o Congresso
Nacional nestas duas semanas que antecedem o segundo turno não deverá conter
nada relevante, devendo ficar em compasso de espera.
A seguir, veja o Índice Band para o segundo turno das
eleições para presidente, calculado sobre os votos válidos.
ÍNDICE BAND
|
|
Bolsonaro
|
58%
|
Haddad
|
42%
|
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% DOS VOTOS MASCULINOS
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Bolsonaro
|
63%
|
Haddad
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37%
|
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% DOS VOTOS FEMININOS
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Bolsonaro
|
54%
|
Haddad
|
46%
|
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% DOS VOTOS NORDESTE
|
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Haddad
|
68%
|
Bolsonaro
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32%
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% POR FAIXA SALARIAL
|
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ATÉ 2 SALÁRIOS MÍNIMOS
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Bolsonaro
|
50%
|
Haddad
|
50%
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DE 2 A 5 SALÁRIOS MÍNIMOS
|
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Bolsonaro
|
64%
|
Haddad
|
36%
|
|
|
MAIS DE 5 SALÁRIOS MÍNIMOS
|
|
Bolsonaro
|
69%
|
Haddad
|
31%
|
Os desafios do próximo governo são enormes, pois a chance de
mais de 15 estados entrarem em colapso em 2019 é real. Será preciso negociar
com os estados, condicionando a ajuda do governo central a um programa de
ajuste fiscal – o que poderá esbarrar nos políticos estaduais.
As questões concretas do país são tão graves que é preciso
que aquele que seja eleito busque a harmonia e o perdedor saiba caminhar em
busca da serenidade de ânimos da população a fim de que os problemas econômicos
possam começar a ser resolvidos.
CRÉDITO DA IMAGEM: J PAG/SHUTTERSTOCK
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